quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Poema da superação

Com você eu mudaria de posição
você seria o dono, e eu o seu cão
não quero ouvir um não
pode me usar, estou na sua mão

tanto faz, você foi embora
voltou pra'quela senhora
que te fez sofrer
e na hora certa
começou a se arrepender

ela brincou com o seu coração
e eu, que queria ser o ladrão
me taquei do alto
e agora estou no chão

é mesmo tão fácil voltar
mesmo depois de me amar
sob a luz do luar?

estou seguindo em frente
estou rodeada por gente
que me faz acreditar

que sem você, meu bem
eu sou alguém
muito melhor de lidar

Igreja

foto: Marina Estevão (Ouro Preto, MG)


Sempre me chama atenção a quantidade de pessoas que fazem o sinal da cruz ao passar por uma igreja. Confesso que só entrei em capelas para batizados, e uma vez que fui dama de casamento. Mas igrejas sempre me fascinaram, elas têm uma aura, um mistério que sou louca para descobrir. Nunca entro pois pode parecer hipócrita, uma vez que não sou religiosa. Mas em dias normais, penso "por que cargas d'água essas pessoas tanto entram nas igrejas? o que fazem? para quê rezam tanto?". Penso que talvez rezar seja uma boa ideia, deve acalmar os meus ânseios quando não se tem mais saída para as questões complicadas. Quando você se agarra a um santo, sua vida depende dele. Penso que gostaria de entrar numa igreja não para rezar, mas para pensar. A paz daquele lugar deve proporcionar a paz que preciso aqui dentro. Se Deus quiser falar comigo, acho que eu até posso acreditar nele, afinal, é preciso acreditar em algo, alguém. O alguém não pode ser mais você, mais ele, mais essas pessoas tran-si-tó-ri-as. Se a fé move o mundo, quem sabe um dia eu me mova através dela também. Sempre há um novo dia para recomeçar. Por enquanto, continuo observando as pessoas que fazem o sinal da cruz e imaginando o que pensam. Um dia descubro. Amém.

domingo, 3 de novembro de 2013

Sergio Mota de Verdade



Podem me chamar de pela-saco. Eu deixo e não nego. Sou apaixonada assumida por Sergio Mota. Eu e muitas outras, claro, afinal Sergio Mota é Homem da Multidão (de fãs que ele tem). Meninas e também meninos - por que não? - apaixonados por não só seu ensino, mas por sua pessoa.
Não é paixão adolescente, avassaladora, carnal. Vão dizer as meninas que é paixão platônica, tolas que não sabem que é recíproco. É óbvio que é. Sergio também é um homem apaixonado. Por tudo e todos. Pega amizade numa facilidade e já bota em sua listinha de "vender pertences para estar junto/assistir". Minha paixão por Sergio Mota não é igual à paixão por Brad Pitt. Com Brad eu iria no cinema para não assistir o filme. Com Sergio eu iria no cinema para assistir e discutir o filme. Ele é desses para se guardar num potinho dando comidinha e muito carinho durante a vida toda. Em troca, um ensinamento por dia seria o suficiente, porque vai além de toda a construção óbvia de um pensamento.
E tem que ser assim: Ser-gio Mo-ta. Porque não é só Sergio, e muito menos qualquer Sérgio. É o Mota. Ah, aquele do cinema? Da literatura? Sim, mas também do teatro, da tv, da PUC. Sergio Mota é quase uma celebridade. Quase não, ele é uma celebridade! Ele já até atacou de DJ (quem conhece, sabe da história)! Não há um aluno de Comunicação da PUC que não o conheça. E se não foi aluno dele, com certeza já ouviu falar. "Ah, sei... Sergio Mota é aquele que vocês adoram, né?" Ó, sim. Adoramos e eu arrisco dizer que por falta de uma palavra melhor, "admiração" é a palavra-chave do nosso sentimento. Descobri que Sergio é ator, além de professor e formador de opinião (ele vai dizer que não é formador de opinião, mas ele sabe que a opinião dele é relevante), e também já era DJ antes da banalização da profissão.
Admiração, carinho, amizade. Sentimentos puros e totalmente inocentes de uma aluna para com seu professor. E é professor e não ex-professor. Ex é referência para ex-namorado. Sergio é um namorado eterno de conhecimento. Já escrevi sobre ele diversas vezes no Facebook, e os abraços trocados demonstram o que as palavras não dizem nessas horas. Enfatizo aqui, onde escrevo sobre tudo que sinto e que penso, então... Que eu sou puxa-saco. Tenho certeza que em um universo paralelo, mini vespinhas são fãs de Serginhos Mota e usam casacos com seu desenho, e até fazem aniversário com um mini Motinha no topo do bolo. Elas devem ser tão fãs quanto eu.
Um dia, se eu estiver naquele quadro meloso do Faustão, tenho certeza que Sergio Mota aparecerá para dizer o quanto nos divertimos nos tempos da faculdade, e até mesmo aquela época discutindo filmes e livros. Tempo bom.
Obrigada, obrigada, obrigada.
Um beijo



Quem tiver oportunidade, vendam seus pertences para assisti-lo em cartaz no Midrash Centro Cultural a partir de 16 de novembro. 
Eu já vendi os meus.