quarta-feira, 31 de julho de 2013

O amor acaba



Acaba. Já ouvi pessoas dizerem "se é amor, não acaba", mas amor, minha gente, é que nem tudo na vida: dá e passa. Amar é bom, gostar de alguém é bom, se interessar, se apaixonar... Mas chega um dia que você se distrai com alguém passando e perde o sorriso dele. Olhares já são diferentes, o interesse já não é mais o mesmo. De repente, você acha um raio de sol mais brilhante, um sorriso mais apaixonante. O trabalho já toma conta do seu pensamento, ou outra coisa qualquer: amigos, diversão, família, viagens, futuro. E aí vai vazando e você quer que deixe vazar até não sobrar nada, aquilo que já te fez sofrer. Enterra que vira flor.
Acabou.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Festa do Pijama

Criou-se um evento no Facebook: "Festa do Pijama das Mimosas"

Abre parênteses explicativo

Aí você vai perguntar (eu sei que vai): Mas, Marina... Por que "mimosas"? Calma, que eu explico: Como estudantes de Comunicação Social, estagiamos juntas no Portal PUC-Rio Digital fazendo reportagens. Sendo repórteres, editoras e produtoras, ficamos a maior parte do tempo na Ilha de Edição (porque precisamos e gostamos!). Já imaginou um "bandimulé" junta na Ilha de Edição? Só sai besteira, óbvio. Apelidamos nossa ilha favorita de Ilha Mimosa (sim, um trocadilho infame com a Vila Mimosa). Por favor, se não souber o que é Vila Mimosa, Google tá aí!

Fecha parênteses explicativo
Voltando...

Caramba, festa do pijama! Com direito a hip hops de 2005 e Sandy e Jr. na pista! Cara, eu vou ter que levar a câmera pra filmar isso. Pois bem, filmamos e Tetêzinha editou. Tá aí o resultado queimando o meu filme e das minhas amigas. Mas a vida tá aí pra isso, né? Espero que gostem e que não se torne um viral. !





terça-feira, 16 de julho de 2013

O amor não é para todos



Quando eu namorava, há mais ou menos uns 5 anos, me apaixonei perdidamente por outro. O problema é que esse outro era também de outro estado. Foi uma mistura de emoções, mas acima de tudo, muito medo. Eu tinha o meu namorado, que eu amava muito, e do outro lado um garoto que eu conversava e que eu estava apaixonadíssima. Mas como lidar? Não poderia ficar vendo o outro toda hora, nem sabia se ia chegar a conhecê-lo de fato um dia. Em primeiro lugar, tomei uma decisão importante: contar para o meu namorado. Contei. Em meio a muitos choros e por que's, ele me disse: "Eu quero que você seja feliz. Se a sua felicidade for com ele, então fica com ele, eu respeito isso." Muito tempo depois, me deparo com a real dimensão do "eu quero que você seja feliz". Essa pequena frase quer dizer que você abdica de todas as suas emoções, seus apegos, seu sentimento pela felicidade do outro, o que em pensamentos frios é dificílimo de fazer. É aí que mora o amor, e é por isso que eu digo que o amor não é para todos. Por que? Porque somos seres humanos, egoístas, invejosos, todos temos sentimentos bons e ruins, faz parte. Botar na peneira e deixar só os bons passarem em casos como esse é para poucos! Isso é amor. Mesmo que você ame com todo o seu coração, leve café da manhã para o seu namorado na cama, faça tudo por ele... É nos erros e nos desafios que o coração aperta e a decisão pesa. Nos apegamos, mas deixar o outro ir embora - da forma que seja - é um gesto puramente de amor. Dou conselhos, encaminho, ajudo todos os que realmente me importam, mas os deixo livres para tomarem suas próprias decisões. Amar também é deixar caminhar com as próprias pernas, por mais que nós - as muletas - sempre desejamos estar lá dando o nosso apoio. É tão difícil tomar essa decisão que, por um acaso do destino, o outro menino sumiu, e o meu namorado se apaixonou perdidamente por uma menina... De outro lugar. País, mais precisamente. E foi difícil me acostumar sem ele, mas hoje eu reconheço, e penso comigo "eu quero que ele seja feliz".

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mulheres de várias noites



Não sou mulher de uma noite só. Já tentei, é verdade, mas não consegui. Me apeguei aos primeiros toques, aos primeiros abraços e aos primeiros beijos. Mesmo que não fossem os melhores beijos, eu sempre dei uma segunda, terceira chance. E se ainda assim eu não gostasse, eu o deixava. Com muita dor no coração, não gosto de deixar pessoas. Mas uma noite só? Jamais. Podem dizer os demais: é carência, chatice, apego. E se não fosse isso, diriam: é promiscuidade, facilidade, lábia. Como todo ser humano têm uma capacidade incrível de inventar desculpas para as coisas mais naturais. Não consigo, ponto! Se eu saí, é porque me conquistou de algum jeito: charme, beleza, riso fácil, diversão, conversa. E se conquistou, conquistou. Se não conquistasse, talvez fosse mais fácil. Talvez eu devesse mesmo tentar ser a mulher de uma noite só. Essas mulheres têm poder, usam o cara e saem no estilo, deixam ele caidinho. Acho que dá certo. Mas não dá, eu procuro um cara que eu não precise sair no estilo, que me diga para ficar. Ou, se sair, ele me chame, grite, ligue e peça loucamente para voltar. Sou mulher de várias noites, de conquistar toda noite, de maneiras diferentes. Quero sossego na mente e o hábito constante de inovações à noite: novos lugares e novas sensações. Quero proporcionar, dar (sim, dar!) e receber de volta, por completo. Mulheres de uma noite só nem sempre se satisfazem com uma noite só. Pode ser charme, falsa independência, nariz em pé, fingimento. Ou elas podem mesmo ser isso tudo. Mas mulher quer - e quem não quer? - carinho, alguém que saiba respeitar e mesmo assim, amar todas as noites, no calor do momento. Mulheres de várias noites não significam princesas, perfeitas, intocáveis. Elas também querem ser vilãs, devassas, poderosas, sensuais com todo o amor e a capacidade da conquista suave. Elas só precisam mostrar isso. Mulheres de várias noites têm medo de assustar os homens porque eles, por sua vez, têm medo de uma palavrinha chamada compromisso. E com isso, eles deixam de aproveitar o melhor da vida e conhecer mulheres incríveis, muitas vezes. Mulheres de várias noites têm somente uma noite para provar que valem a pena e valem mais de uma noite. Prova de fogo. Mulheres de várias noites precisam, afinal, de uma chance, de uma noite.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O canto do sorriso



"Um beijo no canto do seu sorriso", ele dizia ao se despedir no telefone. Ele sabia que eu sorria ao ouvir, e por isso ele sorria ao falar. Ele falava do meu sorriso porque é a parte que mais me toca: sorriso é doce, é bonito, é verdadeiro. Sorriso não ofende, nem é vulgar. Ao falar do meu sorriso, era como se ele visse minha alma e beijasse também, inevitavelmente, as covinhas e os olhos que quase se fecham. É um jeito único de sorrir, como todos, e eu acho que ele gostava. Por mais irritante, mentiroso e cafajeste, é, talvez ele gostasse do meu sorriso, sim. Tola. Eu o conquistava com beijos, amassos, mãos, línguas, fluidos, calor, tesāo e era no beijo no canto do sorriso que ele me conquistava? Lógico que era também nisso tudo, no abraço apertado que se envolve quando deita, nos mil beijos no rosto, em andar de mãos dadas... Mas era o beijo no sorriso. Tudo sempre acabava no sorriso, claro e sim, por que não deveria? Era o dito cujo o causador de borboletas no estômago - aquelas gostosíssimas de sentir -, as mãos que não paravam de suar e o pensamento longe. Até quando brigávamos, acabava acabando em sorriso, em riso. Não era amor, veja bem. Amor é manso, calmo. O do sorriso era devastador, carnal e com um toque suave de doçura. Bem na medida certa da paixão. Até hoje não sei se gostava do sorriso ou era puramente o xaveco clássico dos malandros. O dele era branco que nem nuvem. O sorriso, claro. E perfeito, aos meus olhos. Difícil ver feiura ou falhas diante dos meus olhos, eles são críticos só para o bem. Não sei por onde anda, o sorriso e seu causador. Se perdeu por aí no meio de milhões de sorrisos, um mais bonito que o outro, e o meu aqui, ó, ficou sozinho, sem dono. Ele aparece, mas não tem ninguém para dar um beijo, acalmar suavemente. Nem para mandar um beijo no canto, aquela esquina certa que se tascasse um beijo, abria o sorriso! Abre de sésamo. Aprendeu a sorrir sozinha, a boca. Não precisa de motivo, sorri de tudo e ri para todos, e também para nada. O beijo era tão no canto que perdeu a importância.