quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Geração coca-cola" via aplicativo



Tive que fazer um trabalho para hoje sobre Web. 2.0. Textinho tranquilo, duas páginas. Como meu professor queria o texto em formato de blog, pensei: por que não postar?
Amigo, se você não sabe o que é Web 2.0., não tem problema. Não que você vá saber agora exatamente. Em certa parte do texto, você vai ler algo como Mundo do Rafinha e Entrevista com Andrew Keen , mas era apenas para relacionar. Nos links você encontra os respectivos vídeos!

Citando a música Geração Coca-Cola, do Legião Urbana, quis fazer uma pequena brincadeirinha com aqueles aplicativos de bebida que tem para iPhone, mas também com o fato de que, nos anos 80, a galera valorizava muito o que vinha dazamérica lá em cima. Ainda é um pouco assim, diga-se de passagem (meu blog também é cultura?). Viajei um pouco para criar, mas o resultado foi satisfatório (do título, pelo menos). Vamos ao que interessa:

Web 2.0. O nome tem tudo a ver: foi feito para essa galera dos vinte, vinte e poucos anos. Ou talvez para a geração dos anos 2000.Quando eu era mais nova, ajudava o meu avô a escrever seu livro no computador. Ele não sabia botar acento, eu ia lá e ensinava. Ele esquecia um dia depois. Mesmo entendendo tudo de Word e internet, ainda me fascinava a máquina de escrever que ele tinha, e ele sacava tudo de máquina de escrever. Era tão simples e fazia um barulhinho tão gostoso ao apertar a tecla. Os dois se foram: meu avô e a máquina. Só sobraram as lembranças e, em algum lugar, os rascunhos amassados.

Em um mundo de iPods, iPads, iPhones, smartphones, laptops, iMACs, fones de ouvido, iReaders, mini-tablets, projetores, redes sociais, webcam... (UFA!) não tem mais espaço para a máquina de escrever, nem para a carta. Virou coisa do passado, ninguém nem cita mais. É uma falta de respeito com os vovôs da tecnologia. Apesar disso, eu não vivo sem ela, e hoje em dia – apesar de ter dito que era para a “galera dos vinte e poucos anos” - ninguém mais vive: meu pai, minha mãe (que não sabe mexer direito ainda, mas já tem até Facebook), meu outro avô e minha tia-avó.

O grande problema dessa geração 2.0 é que as pessoas valorizam mais o que (ou quem) está longe do que o que está perto. Vejo pessoas em restaurantes com suas famílias... Mas só em presença, porque em espírito está cada um no seu “mundinho”, com seu aparelho de escutar música ou navegando na internet. Conversas são só por chats. Aí acaba que todo mundo fica muito chats mesmo. Ansiedade para marcar um encontro... Pela webcam.

O Mundo não era só do Rafinha, é o nosso mundo. Nós vivemos essa realidade, mesmo que não tivéssemos crescido com ela. O Rafinha foi só mais uma vítima da rede. Andrew Keen também retrata isso em seu livro “Vertigem Digital”, onde todos nós estamos conectados, atualizando de minuto em minuto nossas redes sociais.

De qualquer forma, somos seres humanos, feitos de relações de afeto e sentimentos. Como disse Andrew, “Todos nós estamos na era da mídia social, em tempo real, ou supostamente mais rápido do que em tempo real. Estamos todos sofrendo essa vertigem, essa vertigem social na nossa era da mídia digital”, ou seja, como somos feitos dessas relações, e através das mídias elas podem ser estabelecidas de forma muito mais rápida, hoje em dia é normal que as pessoas se conheçam pela internet, fiquem amigos ou até namorem. Primeiro virtualmente e depois pessoalmente.

Através do Orkut, fiz amigos de várias partes do Brasil por meio de uma comunidade. Há cinco anos nos conhecemos e nos visitamos anualmente. Esse ano, todos irão se encontrar no Rock in Rio para assistir ao show do John Mayer, ídolo em comum que juntou a garotada. Era o que precisávamos. E só a internet possibilitou essa conexão.

iPods, iPads, iPhones, distâncias maiores que diminuem, músicas baixadas em segundos para um Smartphone que você leva a qualquer lugar, webcam com duas ou mais pessoas... Não importa: a melhor rede social, para mim, continua sendo o bom e velho barzinho com amigos. De preferência sem sinal wi-fi e bebendo cerveja – ou até mesmo coca-cola – de verdade. 


E aí, que nota essa guerreira merece?

domingo, 21 de abril de 2013

Mari(n)a Conselheira




Quando eu tinha 17 anos, terminei um namoro. O primeiro da minha vida. Durou um longo e lindo ano e sete meses. Não só chorei como entrei em depressão. Ele era o amor da minha vida, cara, como poderia? Sofri muito, achei que fosse morrer.

pausa
OU, OU... REBOBINA. QUE ISSO, MARINA?! TEXTINHO DE AMOR DE NOVO?!

(música de fundo de perseverança) Depois de 6 meses, me reergui. Tracei todos que vi na minha frente, me libertei dos pensamentos e dos medos que eu tinha. Me senti linda e gostosa. Aprendi a lição! Sofrer desse jeito, nunca mais! Minha melhor amiga lutou muito por mim, e conseguiu.

Infelizmente, isso acontece muito: não só comigo, não só com mulheres, não só da minha idade. Isso acontece com mulheres formadas, lindas e inteligentes, depiladas, independentes e com mais de trinta. O que eu aprendi é que nada disso vale a pena. Você vale muito mais à pena, sua vida vale, sua felicidade vale. Minha amiga estava certa, mesmo com aquelas frases clichês que eu odeio dizer mas agora entendo.
Se eu pudesse dar um conselho para todas essas pessoas que ficam tristes por amores que acabaram ou deram um tempo, seria essa: não.

Chora, sim, chora muito. Mas quando acabarem as lágrimas, meu querido, FO-DEU – com o perdão da palavra - ! Tem tanta gente no mundo, porra, vai ficar atrás desse mané mesmo? Ou vai ficar atrás dessa menina metida? Não! Você tem mais com o que se preocupar. E as contas? E a saúde? Já ligou pra sua mãe hoje? Ela sim te ama de verdade. Levanta essa cabeça que o recalque bate e volta nas suas luzes platinadas, fofa. Existem beijos, carinhos e palavras melhores (Inspirem-se: http://bit.ly/JqV1kL. Eu adoro esse comercial!)

Sofrer é ruim, mas faz parte. Tem gente que nunca aprende.
Eu ainda penso nele, na gente. Não esqueço. Chorei, sofri. Ele voltou a falar comigo mas depois traiu minha confiança de novo. Eu ainda o amo, mas agora eu sei que tem lindas notas de cem reais me esperando no banco mês que vem. Mesmo que poucas, elas não me traem.
Quando começa a distrair a cabeça... Opa, já foi! Já era.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dieta



- Vamos lá, Marina... aquela perguntinha primordial: O que você gosta de comer?
- SORVETE CHOCOLATE LASANHA BATATA FRITA EMPADÃO DE FRANGO CAMARÃO COM CATUPIRY CACHORRO QUENTE COXINHA Nossa... muita coisa! Mas o que eu amo meeeesmo é couve-flor.

Essa semana comecei uma nova dieta. Não é uma dieta comum dessas que a gente diz que vai começar toda segunda-feira, que precisa passar fome e beber 1L de água por dia. Nem da sopa, nem da lua, nem da proteína. Nem vigilantes do peso. Nem revista de saúde e fitness com "Emagreça 10 kg em uma semana!" com uma mulher com a barriga saradinha de dar inveja, na capa.
Eu fui em uma nutricionista, e nutricionista é legal porque você pode dizer tudo que você gosta mesmo de comer, que ela faz uma dieta adaptada pra você. Sensacional, né? Não. Quem gosta de fazer dieta?! É sempre um esforço, mesmo que nem tanto.
Vejo gente que emagreceu 10, 20, 50 kg com muita força de vontade e fico tão animada que vou na geladeira comer um docinho (Brincadeirinha!)

Apesar de tudo, estou animada. Como disse, ela adapta a sua alimentação. O hamburguer que você gosta de comer com ketchup, ela troca por um... Hamburguer. De soja.
Mas eu continuo podendo comer um chocolatinho e até tomar sorverte de frutas (Olha que must!).
Fazer dieta é chato, eu gosto é de comer! Mas os benefícios que a dieta - junto com exercício - trazem, vêm a longo prazo, ou seja, tá com vontade de se acabar numa banana split com sorvete triplo e calda de chocolate com castanha? Vai correr na praia que a sensação de prazer demora pra ir embora, diferente da banana-mundo-de-calorias. Bem justo, né? No final, acaba sendo. É a tal da saúde, essa senhora que nos assombra desde que o mundo é mundo.

Falando em mundo, Deus brincou de fazer o mundo em seis dias e no sétimo descansar porque deu um puta trabalho. O QUE CUSTAVA, senhor Deus, fazer os alimentos mais gostosos emagrecerem? Logo tu, que fizeste a mulher, um ser complexo pra cacete.

Enfim, está dada a largada para a minha perda de 10 kg. Força na barrinha de cereal - e no abdomem! No final, eu acabei me convencendo:

- Marina, vai valer a pena. Toma essa dieta - disse Alice, passando dois papeis pra mim com as unhas da mão pintadas de vermelho alaranjado - você vai voltar aqui daqui a um mês. A gente faz a teoria, você vai fazer a prática, está bem?
- Tá bom, você venceu. Batata-frita!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Os cafajestes são os melhores



Está provado. Não sei se cientificamente, mas está provado entre as mulheres que os cafajestes são sim os melhores.

Essa semana eu conversei com uma amiga que me contou que sai com um cara há um ano, e uma vez saiu com outro. Esse outro: trabalhador, estudioso, sem filhos. O outro parecia não ter diploma e ainda morar com o filho pequeno no Horto. Adivinhe de quem ela gosta mais?
Não só ela como a mãe são fãs do malandro.

Mulheres, desde pequenas, têm uma visão de príncipe encantado como um cara lindo, de olhos claros, trabalhador (ou rico!), estudioso, cheiroso, gente boa, que queira ter 3 filhos com você, que goste de fazer as mesmas coisas que você, que te proteja e diga que te ama. Só falta chegar no cavalo branco. Mas quem disse que os príncipes não podem ser vagabundos, ter filhos ou morar na comunidade? A idealização está na cabeça. Lógico, esses não são para casar. Apenas para um... divertimento.  Mas mesmo assim, eles nos fazem ficar mais loucas que o Mário Kart rodando na banana.

Quem roda na banana somos nós, de tão bom que chega a ser. Os "cafas"não gostam de compromisso, na maioria das vezes. E nós enchemos a boca para dizer que também não, mas sabemos que uma hora, um dia qualquer, numa mesa de bar, numa viagem ou antes de dormir... Pensaremos nele e desejariamos que ele estivesse compartilhando não só daquele momento conosco, mas também do mesmo sentimento.

Todas nós já nos apaixonamos por algum cafajeste, filho da p$#% que amamos em segredo. É uma fase que passamos, um ritual. E chega a doer de ser bom e ruim, ao mesmo tempo. Só quem vive sabe como é o turbilhão de emoções contraditórias. Mas por mais contraditórias, por mais que saibamos que é errado, sempre que abre uma brecha estamos correndo atrás deles feito  um cachorrinho atrás de seu osso. Sempre estamos lá juntas, querendo ser parceiras e amigas, mesmo que eles não mereçam - e não merecem nunca! - nada, nem um miolo de pão. Vai que cola um dia, né? Tomara.

A verdade é que príncipes encantados são lindos, bons de cama e querem compromisso sim, mas só na história da Bela Adormecida e da Branca de Neve. Os da vida real não há feitiço que faça apaixonar. A chave que abre o coração deles é a da fechadura que está por baixo da sua calcinha. Não se engane.
Lembre-se: é só a hora do recreio, mesmo que você esteja na ansiedade para fazer a prova e tirar nota 10. Para a prova tem que estudar. Já pra brincar de ping-pong, não.

domingo, 7 de abril de 2013

Refletindo: Dans La Maison (Dentro da casa)



Minha mãe me disse que quando eu era pequena, sempre assistia os filmes da Disney duas vezes seguidas de tanto que eu gostava e queria prestar ainda mais atenção nos detalhes.
Acabei de voltar de um filme no cinema e me senti exatamente assim, querendo assistir pela segunda vez seguida. O filme em questão se chama Dentro da casa - detalhe que este sentimento também veio à tona quando assisti Django Livre, que, aliás, recomendo em looping, mesmo que você não seja fã de sangue por toda a parte.

Dentro da casa é um filme francês, que, por estar muito ocupada abrindo um sanduíche do Mc Donalds - que minhas amigas me viciaram a comer no cinema - não consegui entender o começo, também por não poder entender sem ler a legenda. Quando comecei a prestar atenção, percebi que era mais um dos filmes que me inspiravam pelo tipo de narrativa, meio subjetiva, deixando no 'ar' algumas coisas, chegando até a ser meio poético, no meu ponto de vista.

Em filmes, eu sempre espero de tudo mas gosto daqueles que te surpreendem mesmo assim. A história principal vai até o seu fim, e quando você pensa que acabou... Wrong! O narrador fecha um ciclo e vai para o lado oposto, a outra trama, onde as pessoas ainda não tinham sido diretamente atingidas pelo protagonista, Claude, que chega ao extremo do voyeurismo.

Paixões proibidas - se vistas por um ângulo social - morte, e até uma certa inveja e Complexo de Édipo estão inseridos no contexto. Prende até o final por não esperar para acontecer.
Esperando de tudo, não sinto pudor em nenhuma cena. Acho que as coisas que acontecem em filmes podem plenamente acontecer na vida real - não quando se trata de fadas e animais falantes, obviamente -
E sinto uma certa afinidade em filmes que retratam a vida real que não imaginamos que possa acontecer, justamente porque só vemos nas artes: cinema, teatro.

Não sou mais criança, mas definitivamente, Dentro da casa eu preciso assistir de novo para prestar ainda mais atenção nos detalhes do começo e no filme no geral.
Dessa vez sem Mc Donalds, por favor.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mulheres: 1002 utilidades



Cansei.
Olha, tenho 20 anos e nunca me imaginei tão ativa em tão poucas (?) primaveras. Não sou mãe, mas imagina quem é?
É clichê, mas somos mães, filhas, irmãs, tias, avós, esposas, damos um duro danado para ser, só. E dá um puta trabalho. Com 20 anos eu estudo, trabalho e malho e tem gente que acha pouco. Só saberiam o que é se fossem... eu. Já estou escalada para o próximo “24 horas”. Se bem que, do jeito que anda, eu teria que fazer o “127 horas – parte II” – mas não ia ter tanta audiência quanto o James Franco como protagonista.

12 horas eu fico fora, tirando a academia. Me sinto podre, assim como estou agora, e de roupa de ginástica. E a preguiça para tomar banho? Mas precisamos ser cheirosas, sempre. E depiladas. Porque né... Como vou arrumar um namorado sem estar depilada? E magras, porque é o sonho de toda a mulher. E cheirosa? E maquiada? E sarada? E linda? E com a pele bonita? Bem-humorada?

Só de pensar e escrever, já cansei. Quero ser feminista e morrer peluda e bebendo cerveja no sofá. Não quero ser feminista, quero ser feliz. Peluda, depilada, com cheirinho de creme ou de cachaça. Quero me maquiar, quero ser sarada, mas sem a preocupação diária. Sem pensar no que os outros vão pensar. Não somos perfeitas e estamos longe disso, e cada vez mais perto da panela de brigadeiro cada vez que ficamos ansiosas.

Ser mulher dói. Dói no parto, dói na depilação, na cólica e na alma. Já basta! Imagina se emagrecessemos porque fizemos muita boa ação no dia? O mundo seria muito melhor de se viver e com mulheres mais autoconfiantes.
 

Eva, querida, acho que você poderia bem ter ficado na sua em vez de se assanhar pro lado do Adão. Você não tem ideia do quanto nos custa ter saído das costelas de um cara!

Nota mental: ser homem na próxima encarnação.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Os verdadeiros mentirosos



Errou você que acha que o dia da mentira é o dia do homem. Homens mentem, sim, mas conheço gente que faz pior. Tem coisa que é até gostoso de ouvir, mesmo que seja uma mentirinha branda:

"Esta roupa está ótima!"; "eu gosto de você"; "ah.. hoje? hoje to com preguiça"; "vamos marcar sim"; "eu fui bem na prova"; "não é tristeza, só estou cansada"; "saideira, hein!"; "vou ficar só mais um pouquinho"; "seja feliz com ela"; "estou feliz por você"; "vai passar"; "vem ver filme aqui em casa, não vai acontecer nada"; "só a cabecinha, prometo!"; "eu te amo"; "nunca peguei nada seu!"; "eu adoro beterraba, sim!"; "estou feliz solteiro"; "não preciso de dinheiro"; "dinheiro não compra felicidade"; "tá tudo sob controle!"; "a saúde vai bem, sim"; "tanto faz, não ligo"; "você tá ótima, emagreceu?"; "nossa, adorei o presente!"; "gozei!"

Cada vez mais mentiras, mesmo as bobas que só servem para arrancar sorrisos - falsos quando descobrirem a verdade. Aprendemos desde a infância que mentir é feio, mas faz parte do ser humano.
Já imaginou um mundo sem mentiras? Todo mundo viveria triste, se achando gordo, feio, e que a careca não combina com seu tipo de cabeça. O sexo sempre poderia ser melhor. Aquela espinha que todo mundo vê e comenta ou o feijão que ficou preso no seu dente. Frustração. Um olho vesgo, um pelo, uma etiqueta aparecendo. Isso custa a vida.
A mentira também deixa o mundo mais colorido! Mintam, sim. Se for maneiro, se for bom para o bem-estar e saúde mental. O problema é que muita gente mente para o mau, engana, trai, rouba e... Tudo bem. Já estamos acostumados. Quando não sabemos da mentira, convivemos bem com ela.
Mas o bicho pega quando a gente sabe e não pode fazer nada para mudar, né?

Alô Governo Brasileiro: esse dia é seu!
Feliz 1º de abril.