quarta-feira, 1 de maio de 2013

Estereótipo: Barbie

foto: Luciana Nocchi


Minha amiga foi comprar uma boneca tipo Barbie para fazer um trabalho, e é com isso que ela se deparou na prateleira. Podia ser facilmente um jogo dos sete erros se não servisse para outras crianças brincarem.
Eu estava voltando da faculdade com ela ontem - Uma hora para chegar até Copacabana, naquele trânsito caótico - e, sem ideias para escrever, ela me mostrou essa caixa da boneca Gaby (à direita), e me contou a história.
Quando eu era pequena, a Barbie era referência de beleza, status, saúde, popularidade. As bonecas tipo Barbie também pretendem passar essa imagem... Mas que imagem é essa?! Para mim, as duas pernas são hashis de comida japonesa que prenderam no corpo dela, na falta de material. E essa cor de pele? É Ictería ou Hepatite B? Alguém leva a Gaby pro médico!
O pior é que na capa, as frases "ser linda todos os dias" e "super fashion" fazem contraste com a boneca em si. Além da Gaby estar anoréxica e com essa cor de pele papelão-de-mendigo, as crianças querem ser a Gaby, porque elas aprendem que isso é bonito, vai te trazer dinheiro e vai te fazer casar com um príncipe. Eu já acho um absurdo fazerem as meninas terem essa referência da Barbie original, que custa, em média R$50,00, imagina da Gaby que custa R$10,00? Coitadas das meninas, principalmente as mais pobres: não podem ter Barbie, e tem Gaby, que é a versão precária. Alguma coisa tá errada, aliás, muita coisa está errada.
              
Essa Barbie não é linda? Fui salvar e estava como "Barbie gorda". E a outra é o que? Barbie magra? Ainda existe muita discussão do que realmente é bonito. Mas gente, por favor, não comprem Gaby. Gaby, coitada, foi negligenciada pelos pais na infância. Gaby não teve atendimento médico. Gaby carece de vitamina B. Gaby não é saudável. E Gaby passa a imagem errada para as crianças. Assim como modelos esqueléticas. Sou a favor de mais Barbies "cheinhas" e, consequentemente, de Gaby's mais saudáveis. E não é a sua filha que tem que cuidar, são as fábricas, a mídia. A mídia que faz essa lavagem cerebral. Ai, que vontade de comer um chocolate agora só para fazer jus ao que eu digo. E nessa brincadeira, a gente que já é tratado como adulto também tem que seguir as tendência. Minha tendência não é entrar numa calça 34, gente. Jamais. Não sou Barbie, nem Gaby. Sou uma boneca Pizza-Hut: com bordinha de catupiry.
Viva as realistas!





3 comentários:

  1. "Sou uma boneca Pizza-Hut: com bordinha de catupiry."
    HAHAAAHAHHAHAHHAHAHAHHAHAHA

    APOIADO!!!

    ResponderExcluir
  2. existe barbies mais baratas (R$25,00)só vem com a roupinha do corpo mas faz qualquer menina feliz.....o padrão de beleza imposto pela barbie não é tão pesado e induz a magreza,minha irmã tem 57 barbies é feliz linda e gordinha,a barbie ate fica bordinha perto dessa versão falsa e anoréxica.

    ResponderExcluir