quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dia do irmão



Até hoje não sei se me arrependo por minha mãe não ter me dado um irmão. Ela se arrepende. Mesmo assim, a vida nunca me deixou sozinha: desde pequena - por dom, ou sorte ou seja-lá-o-que-você-quiser-chamar - nunca tive problemas em me dar bem com as pessoas, o que significa que hoje em dia tenho amigos para dar e vender (mas não quero dar nem vender ninguém, ok?). Alguns eu me decepcionei depois de velha, outros eu estudei até o ensino médio junto e hoje em dia mal olham para mim. Alguns foram falsos, outros simplesmente sumiram. Dessa penca de gente, uns poucos ficaram. Esses poucos sempre valeram à pena, nunca me deixaram na mão. E são esses poucos que hoje saciam a minha vontade de ter tido irmãos. Eu não sei se eles todos serão meus amigos para a vida inteira, mas hoje em dia eles tapam qualquer buraco, eles são irmãos. E, ao longo da vida, os conheci no maternal, na praia, na dança e até na faculdade. A manha nunca se perde. Espero continuar fazendo amigos-irmãos até morrer, são eles que me mantém alegre, cheia de vida e com forças para seguir quando tudo vai mal. Só espero que eles nunca me imitem senão eu conto tudo pra minha mãe.

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