quinta-feira, 21 de março de 2013

Tá permitido ser mona


Estava em dúvida sobre o que escreveria, e no fim do dia fiquei sabendo que naquele programa "Encontro com Fátima Bernardes" de hoje, o assunto foi O que você faria se seu filho(a) te dissesse que é homossexual? Coincidência ou não, me deram também a sugestão deste tema para o post.
Primeiramente gostaria de dizer que fui criada em uma família em que tudo era permitido, a menos que o que eu fizesse não matasse ninguém ou eu não morresse. Sempre fui criada com adultos. Não tenho irmãos. Meu pai falava "quer fumar unzinho? Pode fumar, mas fuma aqui em casa.". Fumar, beber, transar. Eu poderia fazer tudo, mas com o consentimento de pai e mãe. Eles me passaram a ideia do que era certo e errado desde pequena. Dos três últimos, eu só transei porque é uma necessidade humana - além de ser bom demais! - mas isso é assunto para outra ocasião.
Meu sonho é casar e ter filhos lindos, e se eu conseguir passar uma educação tão boa quanto a que eu tive, será lucro. E quando eu digo filhos lindos eu digo lindos fisicamente, lindos como pessoa, lindos com o caráter e a alma. E se eles tiverem que ser homossexuais, que sejam! Homossexualismo é um tema tão antigo na História da humanidade que eu nem entendo o motivo de discutirem se é certo ou errado. Apenas é. Eu espero que, se eu tiver um filho homossexual, que ele(a) não tenha medo de contar. E eu queria que o medo não fosse só da família, mas também dos amigos, da vida profissional, da vida. É muito difícil se descobrir diferente - sabemos - e o apoio é ainda mais complicado.
Se meu filho for homossexual, não terei vergonha. Pode fazer tudo aqui em casa, também. Ser pai e mãe é ser afago nas horas boas e apoio nas horas ruins. E amigo, companheiro.
Na minha casa tá permitido ser mona, bixa louca, gay, hétero, preto, branco, judeu ou católico. Existindo respeito, pode ter tudo. E a gente comemora. Faz Carnaval, Parada Gay.

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