domingo, 18 de agosto de 2013

Meu currículo pode to be?

A *Laly* seria uma ótima funcionária

Como bem disse uma amiga minha outro dia: "eu não queria viver dessa maneira, mas a verdade é que quem não chora, não mama. A vida é dos espertos", mandei meu humilde currículo para alguém que trabalha no Multishow. O "alguém" que iria receber é amigo da minha mãe. Por isso mesmo, fui incentivada exatamente por ela.
Alguns dias depois ela me vem brigando perguntando "como-assim-eu-botei-que-meu-inglês-era-intermediário?!?!" Ô, mãe, você bem sabe que eu sou quase uma auto-didata nesse quesito línguas. Nunca fiz curso de inglês, tudo que aprendi foi vendo clipe da Avril Lavigne no TVZ e procurando a letra no Vagalume pra cantar junto. Ela quase me obrigou a botar que meu inglês era avançado, mas sendo assim não mandei meu currículo novamente.
Eu sei que o inglês é a língua mundial, mas eu sinceramente acho um absurdo esse quesito ser o primeiro a ser avaliado em um currículo. Na boa, o que adianta a pessoa ser fluente em qualquer língua e ser péssima de trabalhar? O que adianta saber o futuro do pretérito em alemão e ser super mal-humorado? Posso não saber nada de espanhol, mas no mano a mano eu me garanto sendo bem-humorada todas as manhãs. As qualidades deveriam ser avaliadas em primeiro lugar. Hoje em dia, o inglês vem primeiro até que o próprio português. Os nativos estão em baixa, mesmo. Até os brasileiros perdem para os gringos com a mulherada.
Se eu pudesse escrever meu currículo do meu jeito, seria mais ou menos:

Marina Estevão, 20 anos (quase 21), natural do Rio de Janeiro. Meu inglês não é perfeito, mas sei conversar se for preciso. Meu espanhol é considerado 'portunhol', mas quebra galhos nas horas de aperto. Em compensação, pretendo ser pau pra toda obra, aprender tudo que puder. Sou organizada, pontual e cheirosa. Perfeccionista (não poderia faltar essa!). Acordo sorrindo todos os dias. Não sou preguiçosa para produzir no trabalho. Tenho o hábito de escrever no meu blog. Prometo ser uma ótima estagiária.
Por favor, reveja seus conceitos antes de me contratar pela quase-falta de línguas estrangeiras. 

Inglês não forma caráter.

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