quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Uma tarde em Copa



Já ouvi muitas pessoas falando mal de Copacabana. Com certeza essas pessoas nunca tiveram a experiência de ver um final de tarde no bairro. Eu mesma moro praticamente em frente à praia e nunca vou. Hoje percebi pelo dia lindo que fez e com uma ótima temperatura, que a orla seria bem agradável no fim do dia, e estava certa. 18h peguei meus 5 reais e lá fui eu andar até o posto 6. Só de chegar na ciclovia, me arrependi por não ainda não inventarem escrita telepática, ou por pior que fosse, não ter um laptop para escrever o que eu senti.
Aquela paisagem me fez ficar nostálgica, e por mais machona que eu seja às vezes, quis chorar que nem criança. O cheirinho de maresia, milho cozido, protetor solar. Pessoas correndo, jogando futvolley, o mar mansinho. Me fez lembrar os domingos que eu ficava até às 19h na praia jogando volley com os amigos, ou com meus pais na areia. Época que eu tinha mesmo uma melanina de carioca. Que eu lembrava com medo que tinha prova na segunda-feira e ainda não tinha estudado. Nossa, como eu era feliz.
Pensei que hoje estou eu aqui, sendo mais jovem-adulta do que adolescente, tendo que ter mais responsabilidades, fazendo faculdade, autoescola. E penso que eu ainda sou feliz, apesar de tudo ter mudado. Sou feliz porque posso apreciar a paisagem de Copacabana, essa que sempre foi a mesma pra mim, com outros olhos, com olhos maduros. Posso sentar e tomar água-de-coco sozinha, e saber apreciar a minha própria companhia em vez de reclamar dela.
Sou feliz porque não sou mais uma pessoa que fala mal do meu bairro, que tem mil coisas lindas a oferecer, mais do que coisas ruins. Sei apreciar essas pequenas coisas. Esse fim de tarde, mesmo, me abençoa, mesmo que seja o Pão-de-açúcar à minha vista, e não o Cristo Redentor.
Obrigada, Rio.

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